Realmente, o carnaval desde algum tempo passou a ser uma mercadoria e muito cara, diga-se de passagem. De popular se tem muito pouco, ou quase nada. Pois, mesmo com os altos investimentos das verbas públicas- PETROBRAS, SEC. CULTRURA, ETC- a corda e o abadá refletem o nível de segregação social.
A festa que se mascara de popular não consegue esconder seu caráter privado. O Gonzaguinha já dizia “E aí seu Zé, se acabarem seu carnaval?”. Enquanto o carnaval e o futebol mantêm os brasileiros ocupados, os governantes não brincam no ponto. As principais medidas do governo contra o povo ocorrerem enquanto a nação se “diverte”.
As festas populares de raiz não dão lucro para os empresários da indústria cArnAvAleSCa. Depois da terça feira de carnaval, para o folião, restasse levantar das cinzas e seguir a vida com as dívidas pra pagar, ilusão pra se apagar.
A massa impregnada pelos comandos dos ídolos, semideuses, em suas naves elétricas, segue comandadas pelos que estão do alto dos camarotes vips, com seus status elevados de autoridades governamentais , recebendo de volta, do Rei Momo, o bastão do controle social, orquestrando as manobras políticas e levando o povo de carnaval em carnaval a esquecer sua condição social.
Festejar é preciso e necessário. Mas imprescindível é ter motivos para comemorar cotidianamente, para além das cordas e abadás observados pelos olhos gordos dos reis da fantasia e governantes da hipocrisia, promovendo a festa para alimentar a gratidão dos súditos da folia.
Por Albione Souza - Historiador
Pré- candidato a prefeito de Ipiaú, pelo PSTU
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Pré- candidato a prefeito de Ipiaú, pelo PSTU
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