No Modo de Produção Capitalista, onde o ter está acima do ser, cotidianamente nos deparamos com situações alimentadas pelos tacanhos sentimentos de manter subservientes pessoas através de cooptações e subornos, gestos mesquinhos que encontram fertilidade em mentes e corpos desejosos aos convites sedutores para os “banquetes irrecusáveis”.
Neste modelo de sociedade, as relações interpessoais tomam um roteiro semelhante ao trilhado por um desvairado consumista compulsivo que, ao adentrar no Shopping Center, passa seu cartão, comprando tudo que atrai seus olhos, mesmo as coisas mais fúteis.
Tal lógica agasalha a idéia que todos são subordinados (e/ou subornáveis) ao todo poderoso “”deus dinheiro”. Estes tolos, conscientes ou alienados, preconizam que tudo é uma questão de tempo, para que cada indivíduo se renda às tentações, embaladas em propinas, cargos apadrinhados, mensalões, ou quaisquer benesses, cambiadas pelas rendições desejadas.
Nos últimos tempos ouvimos falar muito de progresso e desenvolvimento como se beneficiassem a todos, ou pelo menos a maioria, coisa que nem de longe ocorre. O progresso acaba sendo abocanhado por pouquíssimos grupos em detrimento da maioria. Com efeito, por outro lado, o que ocorre com a maioria das pessoas é a exploração, o caos urbano, o aumento do valor dos imóveis e dos alimentos, criminalidade, prostituição, além da latejante degradação humana e ambiental, diante dos nossos olhos.
Abro esse parêntese, pois nosso município está vivendo esta época de grande fantasia e ilusão com a implantação de empreendimentos no campo da mineração e industrialização. Seria uma espécie de “Revolução Industrial” e “El dourado” nas cercanias do Rio Novo? (Ipiaú); sugiro que busquemos na História universal lições sobre os impactos e conseqüências ambientais e sociais advindas do processo de mineração e industrialização; pois, certamente, a população saberá como se comportar diante do novo cenário que se avizinha, evitando a ilusão fantasiosa, fazendo crer que, de agora em diante, tudo se resolverá com a chegada da PANACÉIA MILAGROSA (“remédio para todos os males”).
Não é demais afirmar que um povo para ser soberano precisa ter consciência e convicção que o seu futuro não é fruto do fado (destino), ao contrário, ele virá como conseqüência das escolhas ou omissões que optar aqui e agora, produzindo os frutos que breve serão colhidos.
Contudo, muitas vezes, algumas pessoas, pensam que por possuírem muito poder ou dinheiro, estão acima de tudo e de todos, sentem-se sempre no direito de impor sua opinião, de forma autoritária, desconsiderando a escolha do outro; interferem, não admitem nunca que o outro decida livre e consciente sobre seu FUTURO, PENSAM QUE O PODER E O DINHEIRO COMPRAM TUDO.
Por Albione Souza - Historiador
Pré- candidato a prefeito de Ipiaú, pelo PSTU.
Pré- candidato a prefeito de Ipiaú, pelo PSTU.
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