Caríssimos,
Estamos vivendo sob um caos histórico na educação pública brasileira.
Escolas sucateadas e profissionais em defasagem salarial e em condições de trabalho inadequadas, além de investimentos mínimos inibem um desenvolvimento bem direcionado das nossas crianças e jovens.
Salários baixos não atraem os professores, basta observar os editais de concursos públicos, onde em qualquer outra graduação ou mesmo com o ensino médio técnico, se ganha melhor salário que professores, cuja remuneração inicial pelo Estado da Bahia por 20h semanais não chega a 800 reais. Enquanto isso outros profissionais, com o mesmo tempo de faculdade ganharia cerca de 2 mil reais, iniciais. Essa é só uma das distorções em nosso país das maravilhas!
Estamos em constante luta por melhorias em nossa educação. Por salários dignos, por condições de trabalho favoráveis (tem escola que até o livro didático é difícil conseguir), mais profissionais qualificados nas escolas (nutricionistas, assistentes sociais, psicopedagogos, bibliotecários, assistentes administrativos, entre outros), merenda escolar garantida, transporte escolar para os jovens, salas de aula adequadas e com no máximo 30 alunos por sala, são idéias iniciais para que se pretenda fazer um ensino público de excelência. Além disso, a defesa pela aplicação de 10% do PIB na educação e do Piso Salarial Nacional de R$ 1.451,00 (para 40h) e a gradual redução da jornada de trabalho do professor ao longo de sua carreira, de 28 aulas para 20 aulas semanais sem prejuízo no salário também é de significativo incentivo a uma carreira que pouco a pouco está caindo em descaso.
A redução na jornada de trabalho e a diminuição da quantidade de alunos por turma permitem não haver professores excedentes, a boa remuneração e condições de trabalho adequadas atende ao ensejo de uma mudança de paradigma em relação ao trabalho do profissional da educação que parece ser o único que precisa se sacrificar por uma educação de qualidade, ou mesmo o único que deve trabalhar só “por amor” à profissão como muitos dizem por aí.
Não somos dignos só porque somos professores, mas porque lutamos para melhorar a educação pública na Bahia. A compreensão da cidadania como um cumprimento de deveres apenas não interessa a uma sociedade que se pretende justa!
Dias 14,15 e 16 de março de 2012, paralisação nacional em mobilização contra toda a opressão aos educadores em luta e a favor de uma educação de verdadeira qualidade e respeito aos professores.
Grupo de Educadores Com lutas Bahia (Oposição à APLB).
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