3 de mai. de 2012

PROFESSORA DE IPIAÚ DESABAFA E REFORÇA À PERMANÊNCIA DA CATEGORIA NA GREVE!



Por Elenilda Alves Brandão.
 Leciona na Escola Profª. Celestina Bittencourt - Ipiaú.

Desculpe-me colegas, alunos e pais de alunos...Mas não vou voltar às aulas antes da decisão final sobre essa greve.
Também recebi meu salário descontado e não paguei nem um terço das minhas contas. Não consegui fazer compras de mês na Cesta do Povo nem comprar o essencial para minhas filhas...Mesmo assim, não volto. Expliquei para elas e explico para vocês: Estamos numa guerra. 

Esse governo que aí está não tem o mínimo de respeito pela minha classe; exerce com mão de ferro o poder e se contradiz quanto ao direito de greve. Se eu que estou todos os dias na minha sala de aula, incentivando a reflexão e a consciência crítica dos meus alunos desisti diante de tantas injustiças, todo o meu discurso é falso e o meu suado diploma, em vão.

Sinto muito, mas mesmo diante das inúmeras dificuldades e ataques deste governo ditador, estou do lado de quem luta pelo cumprimento da lei do piso nacional. E se todos os profissionais nascem das mãos dos educadores, tá mais do que na hora de isso ser reconhecido. Não quero morrer sem ter lutado por isso.Mesmo que a vitoria não venha, não abro mão desta luta.

Um comentário:

  1. Fico sempre na expectativa de que a cada greve seja a que definitivamente repare a bárbara situação remuneratória dos professores. Fico na torcida de que os professores, unidos e determinados, ponha um fim nessa indecente humilhação, desprezo e subvalorização do seu real valor. É chegada a hora de se acabar com o amadorismo dos movimentos grevistas dos professores. Arrejimentar inteligentes negociadores; demonstrar radicalidade no "AGORA OU NUNCA!"Ter um comando de greve inteligente, bravo e convincente serão fatores preponderantes e ultranecessários neste hoje decisivo. Não se pode nem se tem mais o direito de brincar de fazer greves, fazer conceções bisonhas; cair nos papos espertos do governador; ceder a intimidações ou renunciar a direitos, principalmente aos já adquiridos. O professor, educou, educa e educará gerações e gerações. Educou-nos, educa nossos filhos e educará nossos netos, bisnetos...Por essa expressiva participação em nossas vidas, não se poderá remunerá-lo insignificantemente. Porquê o seu salário deve ser tão diferente do de um governador se este, em todos os seus níveis educacionais dependeu de um professor???

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