Neste domingo, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, convidou o Movimento Passe Livre para uma reunião às 10h de segunda-feira, data marcada para a quinta passeata contra o reajuste. “Queremos que os manifestantes exerçam seu papel de protestar e queremos garantir que quem trabalha e estuda e não quer fazer parte protesto possam fazê-lo da melhor forma possível.”
O objetivo do encontro, de acordo com Grella, é conhecer o trajeto proposto pelos estudantes para que seja feito “um ordenamento do trânsito com bloqueio de ruas adjacentes”. O secretário disse ainda que nenhum policial está autorizado a atirar. Questionado sobre a prisão de manifestantes que portavam vinagre para combater os efeitos das bombas de efeito moral, o secretário foi taxativo: “Ninguém vai ser detido por levar vinagre [...] o que ocorre é que o policial se depara com o liquido e não sabe do que se trata, por isso houve a detenção de alguns.”
Na sexta-feira, o prefeito Fernando Haddad (PT) declarou que as imagens de quinta sugerem o abuso do poder policial e que a prefeitura já se colocou à disposição de um diálogo com o movimento, desde que os protestos não apresentem atos de vandalismo. Já o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que os"possíveis abusos serão investigados" .
Novo protesto
Com o título de "Quinto grande ato contra o aumento das passagens!", o evento criado na rede social Facebook já conta com mais de 200 mil presenças confirmadas. A concentração será realizada na região da Estação Faria Lima e o protesto pode seguir para importantes vias da cidade. Em ações anteriores, as avenidas Brigadeira Faria Lima e Paulista e a marginal Pinheiros foram tomadas pelos manifestantes.
A cidade de São Paulo deve ser palco de novas manifestações nesta segunda-feira (17) contra o aumento das tarifas do transporte público. Usando as redes sociais como catalisador do protesto, o Movimento Passe Livre (MPL) marcou para as 17h, no Largo da Batata, na zona oeste, o quinto encontro. E poderá ser maior do que os anteriores devido ao confronto de quinta-feira (13), onde a força imposta pela Polícia Militar gerou críticas e revolta .
Naquela noite, manifestantes se reuniram no centro para o 4º dia de protestos contra o aumento de R$ 0,20 na passagem de ônibus. APM prendeu mais de 200 pessoas , a maioria antes do protesto começar, por porte de vinagre e outros objetos suspeitos.
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