15 de out. de 2012

A Ipiaú que temos e a que queremos...


Por Albione Souza - Professor de História e militante do PSTU

Durante a campanha eleitoral em Ipiaú as candidaturas milionárias de Deraldino (15) e Cezário (12) envolveram milhares de pessoas que lhe seguiram nas passeatas, carreatas, festas e toda forma de ilusão tentando seduzir os votos a qualquer preço. Agora que a festa acabou e à vida começa a voltar ao normal, fica a questão: tanta energia desperdiçada em bate bocas, disputas revanchistas, ataques pessoais, tudo isso alimentado por meia dúzia de pessoas sedentas por seus interesses particulares, movidos pelas motivações individuais. Onde fica o lugar dos debates sadios, desinteressados da minha vantagem, priorizando os interesses comunas da nossa polis (cidade)?

Cadê os resquícios das boas sugestões emergidas dos programas eleitorais, para a gestão públicas, guardadas em nossas memórias, que podem e devem ser reivindicadas por nós junto ao prefeito eleito? Onde está a capacidade notável de mobilização em torno dos candidatos e suas cores, números, músicas, cabos eleitorais, blocos carnavalescos? Sendo que agora é que é tempo de mobilização para garantimos o direito a uma cidade justas, igualitária que valorize acima de tudo a dignidade da pessoa humana.

Enfim, até quando iremos de campanha em campanha, de eleições em eleições, de farra em farra, de fantasia em fantasia, fazendo da política mais uma brincadeira que definirá quem será o jacú, ou o bicudo (termos pejorativos), que será pirraçado tripudiado, pelos supostos eleitores vitoriosos com o resultado da campanha eleitoral garantindo a massagem do ego de muitos, os contratos e cargos, como moeda de troca, para outros tantos, o abandono e descaso para a maioria dos homens, mulheres, crianças e idosos que não farão parte dos planos de gestão dos milhões de reais dos cofres públicos ?

Agora sim que é o momento de sairmos das nossas casas para garantirmos a aplicação dos recursos combatendo os principais problemas sociais que nos aflige... A parceria entre o povo e o candidato não passa de ilusão se não tiver sequencia durante os 4 anos de gestão, garantida através de reivindicações, mobilizações, união em torno de ideias, projetos, buscando solucionar os problemas das comunidades carentes que se acumulam de gestão em gestão, de promessa em promessa, de ôba-ôba em ôba-ôba, de eleição em eleição. Pois, verdadeiramente a participação coletiva organizada, após a campanha eleitoral, deveria ser a forma de conquistarmos a cidade que desejamos; de outra forma, a maioria sempre elegerá mas jamais governará.

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