30 de nov. de 2012

PROTESTOS EM ILHÉUS TAMBÉM ATINGEM WAGNER




Servidores da Prefeitura de Ilhéus e funcionários do Hospital São José protestaram e pediram socorro a Jaques Wagner para receber salários de setembro e outubro, ontem, na visita do governador ao município sul-baiano, onde inaugurou o Departamento de Polícia Técnica e o Terminal Pesqueiro Público de Ilhéus, além de assinar ordem para licitar obras de infraestrutura no valor de R$ 98 milhões.

Uma comissão de servidores públicos foi pedir ao governador intervenção para que a Justiça baiana libere cerca de R$ 3,5 milhões bloqueados desde setembro, segundo o presidente do Sinsepi, Lu Machado. Já os funcionários do São José, da Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus, pediam a intervenção do Estado, via Secretaria de Saúde, para que sejam regularizados os pagamentos de salários atrasados há quase três meses.

Mas o governador enfrentou também manifestação de pequeno grupo de educadores. Professores gritavam palavras de ordem como “traidor” e exibiam cartazes mostrando insatisfação com a condução da greve dos profissionais do magistério da rede estadual. A categoria parou por 115 dias em meados deste ano. Um dos cartazes dizia “Minha educação não é privada, mas o governo (sic) ta c$ga$ndo nela”. A polícia fez cordão de isolamento, separando manifestantes e comitiva das autoridades. Não houve incidente.

Fonte - www.pimenta.blog.br

27 de nov. de 2012

Brasil fica em penúltimo lugar em ranking global de qualidade de educação



O Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking global de educação que comparou 40 países levando em conta notas de testes e qualidade de professores, dentre outros fatores.
A pesquisa foi encomendada à consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), pela Pearson, empresa que fabrica sistemas de aprendizado e vende seus produtos a vários países. 

Em primeiro lugar está a Finlândia, seguida da Coreia do Sul e de Hong Kong.
Os 40 países foram divididos em cinco grandes grupos de acordo com os resultados. Ao lado do Brasil, mais seis nações foram incluídas na lista dos piores sistemas de educação do mundo: Turquia, Argentina, Colômbia, Tailândia, México e Indonésia, país do sudeste asiático que figura na última posição. 

Os resultados foram compilados a partir de notas de testes efetuados por estudantes desses países entre 2006 e 2010. Além disso, critérios como a quantidade de alunos que ingressam na universidade também foram empregados. 

Para Michael Barber, consultor-chefe da Pearson, as nações que figuram no topo da lista valorizam seus professores e colocam em prática uma cultura de boa educação.
Ele diz que no passado muitos países temiam os rankings internacionais de comparação e que alguns líderes se preocupavam mais com o impacto negativo das pesquisas na mídia, deixando de lado aoportunidade de introduzir novas políticas a partir dos resultados.
Dez anos atrás, no entanto, quando pesquisas do tipo começaram a ser divulgadas sistematicamente, esta cultura mudou, avalia Barber.
"A Alemanha, por exemplo, se viu muito mais abaixo nos primeiros rankings Pisa [sistema de avaliação europeu] do que esperava. O resultado foi um profundo debate nacional sobre o sistema educacional, sérias análises das falhas e aí políticas novas em resposta aos desafios que foram identificados. Uma década depois, o progresso da Alemanha rumo ao topo dos rankings é visível para todos".
No ranking da EIU-Person, por exemplo, os alemães figuram em 15º lugar. Em comparação, a Grã-Bretanha fica em 6º, seguida da Holanda, Nova Zelândia, Suíça, Canadá, Irlanda, Dinamarca, Austrália e Polônia.
Cultura e impactos econômicos Tidas como "super potências" da educação, a Finlândia e a Coreia do Sul dominam o ranking, e na sequência figura uma lista de destaques asiáticos, como Hong Kong, Japão e Cingapura.
Alemanha, Estados Unidso e França estão em grupo intermediário, e Brasil, México e Indonésia integram os mais baixos.
O ranking é baseado em testes efetuados em áreas como matemática, ciências e habilidades linguísticas a cada três ou quatro anos, e por isso apresentam um cenário com um atraso estatístico frente à realidade atual.
Mas o objetivo é fornecer uma visão multidimensional do desempenho escolar nessas nações, e criar um banco de dados que a Pearson chama de "Curva do Aprendizado".
Ao analisar os sistemas educacionais bem-sucedidos, o estudo concluiu que investimentos são importantes, mas não tanto quanto manter uma verdadeira "cultura" nacional de aprendizado, que valoriza professores, escolas e a educação como um todo.
Daí o alto desempenho das nações asiáticas no ranking.
Nesses países o estudo tem um distinto grau de importância na sociedade e as expectativas que os pais têm dos filhos são muito altas.
Comparando a Finlândia e a Coreia do Sul, por exemplo, vê-se enormes diferenças entre os dois países, mas um "valor moral" concedido à educação muito parecido.
O relatório destaca ainda a importância de empregar professores de alta qualidade, a necessidade de encontrar maneiras de recrutá-los e o pagamento de bons salários.
Há ainda menções às consequências econômicas diretas dos sistemas educacionais de alto e baixo desempenho, sobretudo em uma economia globalizada baseada em habilidades profissionais. 

Veja como ficou o ranking Pearson-EIU:
1. Finlândia 
2. Coreia do Sul 
3. Hong Kong 
4. Japão 
5. Cingapura 
6. Grã-Bretanha 
7. Holanda 
8. Nova Zelândia 
9. Suíça 
10. Canadá 
11. Irlanda 
12. Dinamarca 
13. Austrália 
14. Polônia 
15. Alemanha 
16. Bélgica 
17. Estados Unidos 
18. Hungria 
19. Eslováquia 
20. Rússia 
21. Suécia 
22. República Tcheca 
23. Áustria 
24. Itália 
25. França 
26. Noruega 
27. Portugal 
28. Espanha 
29. Israel 
30. Bulgária 
31. Grécia 
32. Romênia 
33. Chile 
34. Turquia 
35. Argentina 
36. Colômbia 
37. Tailândia 
38. México 
39. Brasil 
40. Indonésia

Fonte -http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-11-27/brasil-fica-em-penultimo-lugar-em-ranking-global-de-qualidade-de-educacao.html

25 de nov. de 2012

ASQUEROSOS ACUSAM JOAQUIM BARBOSA DE INJUSTO !




Por Osires Resende - Poeta  ipiauense  
osiresrezende@hotmail.com


Em Ipiaú um grupo de negros, negros? Em Ipiaú não existem negros e brancos, existem seres humanos, mas vamos lá, um grupo de libertos; morenos carregados de cabelos lisos, sararas  de olhos azuis, negros cabos-verdes e outras expressões  que a nossa gente criou para fortalecer a nossa identidade e cultura popular e que agora a boçalidade politicamente correta quer impor o  ianquismo   de afro-descendentes, eleitores e amigos do meu pai, foi à nossa casa me convidar para participar de uma comemoração do 13 de maio, eu sempre escrevi e digamos que, na época, eu carregava melenaauenses e o riso largado dos poetas e eles faziam questão da minha presença, Hildebrando me lançou um  implorativo olhar de líder populista e eu aceitei com satisfação. 

Eram trabalhadores; pedreiros, mestres carpinas, pequenos funcionários públicos, uma  professora primaria era como  a ativista cultural e tinha copiado em recortes de cartolina com sua bela caligrafia a letra de dois sambas que iríamos cantar durante as comemorações e confesso que fiquei surpreso; agradeciam e exaltavam a princesa Isabel, nos sentamos em volta de uma mesa humilde coberta por uma toalha detalhadamente bordada e eu precisei engolir umas três doses de licor de jenipapo para respeitosamente intervir; ‘ô, professora! O movimento abolicionista, foi conduzido por parte das elites, mas foi também,  resultado de uma longa e heróica  luta de resistência dos escravos, então a abolição foi uma conquista resultada de lutas  e estes sambas tão apresentando a coisa como uma dádiva da princesa Isabel, será que não dava pra gente acrescentar umas estrofes não?’ 

A professora deu uma iluminada gargalhada e respondeu peremptória; “NÂO! Você não sabe de nada, todos os anos nós  fazemos assim.” E explicou-me, que não era uma coisa organizada, mas que havia um grupo, uma espécie de irmandade que comemorava o 13 de maio nas cidades da região daquela maneira, eu não comprovei esta informação, mas guardei os recortes de cartolina com a letra dos sambas e escrevi algo, lamentavelmente perdi. Saímos pelas ruas da cidade, bebendo cachaça, sambando, discursei e recitei versos de Castro Alves, a bem da integral verdade devo, descaradamente, reconhecer que alisei retesados seios de afoitas mancebas,  e o mais legal, cantados os sambas adquiriam uma força estética altiva, não tinham nada de subservientes.

Os meus amigos comunistas me repreenderam; ”você tem responsabilidades sociais,  não pode participar de uma palhaçada alienada daquelas.”  Me retei;  “não venham com viadagens pro meu lado,não,  vocês tão querendo tutelar a mim e ao povo, qual é? ” os comunistas eram meio burros, mas não eram doidos, acresce que eram meus amigos e rimo-nos.

Realmente é lamentável que eu tenha perdido as letras dos sambas, mas lhe garanto, agradeciam a princesa Isabel, mas de modo altivo, você faz um poema de branquelo doido de uma sabujice que envergonha o Brasil; os trabalhadores de Ipiaú eram pessoas humildes, semi alfabetizados e tinham o direito de se mostrarem altivamente agradecidos, você tem o desplante de  misturar Shakespeare com Ésquilo e lambe o chulé da sinhá Isabel para tão somente agredir gratuitamente o ministro Joaquim Barbosa e os antepassados meus e de milhões de brasileiros, o que diriam os defuntos comunistas meus amigos se soubessem que eu sou seu amigo?

 Fisicamente você é bonito, ninguém que lhe vê pode negar que você é um belo espécime do Homo sapiens, mas se eu fosse veado eu não lhe dava a bunda, porque com este poema você nos demonstra que por dentro é uma tulha de bosta que não desperta o tesão nem da mais desvairada e carente bicha louca, apelei para esta vulgaridade porque sou seu amigo e quero livrar a sua pele; evidente que o ministro Joaquim Barbosa não vai se comover, nem se envaidecer com a minha ingênua e glauberiana saudação e agora rir-se-á com esta vulgaridade, não vai se deixar conspurcar por respingos de tulhas de bosta, sim, outra tulha de bosta mais maior ousou agredi-lo também.

Nas teses sobre Feuerbach o velho Karl Marx desenvolve princípios filosóficos que fundamentam a tese, apresentada no prefacio da Critica da Economia Política, de que as estruturas supra ideológicas, as manifestações culturais, são  determinadas pela  infra estrutura material, os meios e as relações de produção, é uma ‘viagem’ que só um gênio como Marx poderia conceber, não explica tudo, mas explica muita coisa, explica por exemplo o racismo explicito seu e o racismo solerte do senhor Luis Inácio da Silva, eles são resultados deste aleijão moral e ideológico que é o PT, um arremedo de partido político da periferia capitalista, uma mistura do catolicismo pragmático da paulicéia desvairada com o catolicismo culpado da Tradicional Família Mineira, com oportunismo deslumbrado do lumpem proletariado e o fisiologismo de  espertalhões da pequena burguesia,  o seu ‘negro fedorento’ reverbera em potencia maior o “complexado e traidor” do senhor Luis Inácio Lula da Silva. Joaquim Barbosa é um homem e como tal está acima dos ganidos lutridos e lamentosos  de tulhas de bosta. 

Mas alem de racista o seu poema põe a nu outra característica das elites brasileiras que o PT potencializou que é confundir o publico com o privado, as  elites imaginam que o Estado é delas, e o PT exacerbou esta concepção, mais uma vez o seu “negro fedorento” e sua desfaçatez em agredir o STF postulando o indulto para um pilantra da pequena burguesia porque “amigo do rei é”, reverbera o “complexado e traidor” e outros arrotos fedorentos da tulha de bosta mais maior, você, Luis Inacio Lula da Silva e o PT  acreditam que o Estado lhes pertence e que portanto todos os seus agentes lhes devem vassalagem; a universidade é do partido, a policia é do partido, a justiça é do partido, o PT abastardou os movimentos sociais, corromper a juventude degradando a UNE configura-se como um crime de lesa pátria, instrumentalizar a OAB, manietar os sindicatos e outras mumunhas, que seria fastidioso enumerá-las,   sabe como isto se chama? 

Isto se chama FASCISMO. E sem duvida nenhuma, o destemido proceder do Doutor Joaquim Barbosa contribuiu para que mais oito membros do STF tornarem-se “complexados e traidores”, na visão do PT, que articula lançar manifestos e campanhas condenando o STF e sua independente decisão.

Os fascistas não compreendem a democracia, o lance de Montesquieu a independência dos poderes, Rousseau imagina que o homem nasce bom, mas Hobbes parece que tem razão o homem é mau, o grande Emiliano Zapata popularizou a tese de que o poder corrompe, então é preciso um judiciário independente e implacável, Joaquim Barbosa e seus pares estão dotando o Brasil desta conquista civilizatória. QUE SE JULGUE E SE CONDENE BANDIDOS POLÍTICOS E TODOS OS PARTIDOS.

UM HISTORIADOR VALE TANTO QUANTO UM MÉDICO OU UM ADVOGADO, NÃO É?



Por Marcos Silva
- Professor Titular de Metodologia da História, FFLCH/USP -

O Senado brasileiro vem de aprovar lei regulamentando a profissão de Historiador. A partir de agora, algumas tarefas específicas passarão a ser privilégio profissional de quem tiver formação acadêmica na área. Não é a primeira carreira de nível superior 
que merece essa regulamentação. Mesmo no campo das Ciências Humanas, Sociólogos e Geógrafos já desfrutam há alguns anos de condição similar.

Participo do debate sobre a questão, na área de História, ao menos desde os anos 80 do século XX. Lembro de colegas que sustentavam a falta de necessidade de regulamentação em nosso espaço profissional, considerando que importantes historiadores brasileiros do século XX (Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Hollanda e Caio Prado Jr.) não tinham formação em curso superior de História. Esse argumento apresentava duas graves fragilidades: 1) quando os três fizeram cursos superiores, não havia bacharelado em História no Brasil; 2) Freyre, Buarque de Hollanda e Prado Jr. tiveram condições pessoais ou familiares para requintadas formações humanísticas fora do Brasil – respectivamente, Estados Unidos, Alemanha e Grã-Bretanha.

A situação é muito diferente para um jovem brasileiro de classe média ou menos que, nos dias de hoje, estuda História e se lança num mercado de trabalho fortemente regulamentado noutras áreas. Permanecer nesse mercado fora de suas regras dominantes
é assistir à consolidação dos direitos alheios sem garantia de direitos próprios.

Regulamentar uma profissão é definir exclusividades de exercício, sim. Isso não se confunde com impedir o direito ao pensamento. A História, como tema, sempre será objeto de livre acesso para jornalistas, ficcionistas, advogados, médicos, cidadãos em geral... O desempenho profissional na área, diferentemente, dependerá de uma comprovada capacidade técnica e teórica, obtida em formação acadêmica – como ocorre em relação a médicos, engenheiros, dentistas...

Há quem legitime a regulamentação de algumas carreiras (Medicina e Direito, particularmente) e reivindique a liberdade de prática profissional para as demais: Medicina lida com vidas humanas, Direito zela pelas garantias individuais e coletivas
diante da Lei. Quer dizer que falar sobre o tempo humano (fazer, memória) não possui igual magnitude? Quer dizer que pesquisar e ensinar o Holocausto Nazista ou a Ditadura brasileira de 1964/1984 não é tão minucioso quanto interpretar uma lei ou fazer uma cirurgia? Não vejo hierarquia entre essas práticas. Respeito muito os colegas profissionais de outras áreas regulamentadas. Tenho muito respeito por mim mesmo e pelos demais colegas de minha área profissional.

Enquanto houver regulamentação de algumas profissões, não vejo legitimidade em exigir desregulamentação de outras. Agora, podemos conversar sobre desregulamentação geral das profissões no Brasil. Quem se habilita?

24 de nov. de 2012

Ipiaú: Genivaldo Lins é o novo presidente da OAB



Genivaldo comemora no restaurante japonês, Rapa, com os companheiros de chapa, os advogados Miguel e Leandro

Com apenas um voto de diferença, o advogado Genivaldo Lins conquistou a vaga de novo presidente da Subseção Ipiaú da Ordem dos Advogados do Brasil. A votação ocorrida  no Fórum Jorge Calmon, garantiu a vitória da chapa 2(Avanço e Independência) por 29 votos contra 28 do advogado Amadeu Lima que encabeçou a chapa 1(Profissionalismo Sem Medo). A eleição da OAB 2012, contou com 57 votos de um total de 67 advogados aptos a votar. Associados a  Subseção de Ipiaú que engloba quatro comarcas em dez municípios da região são 111.
A advogada Maria da Glória que presidia a entidade há nove anos consecutivos (por três triênios), agora sede a cadeira da presidência da OAB, para o advogado Genivaldo Lins que assume o cargo no próximo triênio que inicia em 2013.
Advogados de outros municípios marcaram presença, a exemplo de Dorgival Neto de Ibirataia
Genivaldo Lins falou da sensação de vencer por um voto, mais uma importante batalha na sua vida “Vencer por um voto é a mesma coisa que ganhar por cinco mil. A minha sensação é esta. Mas se o vitorioso fosse Amadeu também estaria feliz por ser um grande amigo, respeitado e competente. Estou neste momento contente e comemorando com os amigos por que desta vez o vencedor fui eu”, finalizou Genivaldo.
Fonte - Informe Ipiaú

Eduardo Galeano: “Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos?”


por Eduardo Galeano

Para justificar-se, o terrorismo de estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe pretextos. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, acabará por multiplicá-los.

Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu tudo. Nem sequer têm direito a eleger seus governantes. Quando votam em quem não devem votar são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se em uma armadilha sem saída, desde que o Hamas ganhou limpamente as eleições em 2006. Algo parecido havia ocorrido em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições de El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e, desde então, viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem.

São filhos da impotência os foguetes caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com desajeitada pontaria sobre as terras que foram palestinas e que a ocupação israelense usurpou. E o desespero, à margem da loucura suicida, é a mãe das bravatas que negam o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto a muito eficaz guerra de extermínio está negando, há muitos anos, o direito à existência da Palestina.

Já resta pouca Palestina. Passo a passo, Israel está apagando-a do mapa. Os colonos invadem, e atrás deles os soldados vão corrigindo a fronteira. As balas sacralizam a pilhagem, em legítima defesa.

Não há guerra agressiva que não diga ser guerra defensiva. Hitler invadiu a Polônia para evitar que a Polônia invadisse a Alemanha. Bush invadiu o Iraque para evitar que o Iraque invadisse o mundo. Em cada uma de suas guerras defensivas, Israel devorou outro pedaço da Palestina, e os almoços seguem. O apetite devorador se justifica pelos títulos de propriedade que a Bíblia outorgou, pelos dois mil anos de perseguição que o povo judeu sofreu, e pelo pânico que geram os palestinos à espreita.

Israel é o país que jamais cumpre as recomendações nem as resoluções das Nações Unidas, que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que burla as leis internacionais, e é também o único país que legalizou a tortura de prisioneiros.

Quem lhe deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com que Israel está executando a matança de Gaza? O governo espanhol não conseguiu bombardear impunemente ao País Basco para acabar com o ETA, nem o governo britânico pôde arrasar a Irlanda para liquidar o IRA. Por acaso a tragédia do Holocausto implica uma apólice de eterna impunidade? Ou essa luz verde provém da potência manda chuva que tem em Israel o mais incondicional de seus vassalos?

O exército israelense, o mais moderno e sofisticado mundo, sabe a quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de “danos colaterais”, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez “danos colaterais”, três são crianças. E somam aos milhares os mutilados, vítimas da tecnologia do esquartejamento humano, que a indústria militar está ensaiando com êxito nesta operação de limpeza étnica.

E como sempre, sempre o mesmo: em Gaza, cem a um. Para cada cem palestinos mortos, um israelense. Gente perigosa, adverte outro bombardeio, a cargo dos meios massivos de manipulação, que nos convidam a crer que uma vida israelense vale tanto quanto cem vidas palestinas. E esses meios também nos convidam a acreditar que são humanitárias as duzentas bombas atômicas de Israel, e que uma potência nuclear chamada Irã foi a que aniquilou Hiroshima e Nagasaki.

A chamada “comunidade internacional”, existe? É algo mais que um clube de mercadores, banqueiros e guerreiros? É algo mais que o nome artístico que os Estados Unidos adotam quando fazem teatro?

Diante

  da tragédia de Gaza, a hipocrisia mundial se ilumina uma vez mais. Como sempre, a indiferença, os discursos vazios, as declarações ocas, as declamações altissonantes, as posturas ambíguas, rendem tributo à sagrada impunidade.

Diante da tragédia de Gaza, os países árabes lavam as mãos. Como sempre. E como sempre, os países europeus esfregam as mãos. A velha Europa, tão capaz de beleza e de perversidade, derrama alguma que outra lágrima, enquanto secretamente celebra esta jogada de mestre. Porque a caçada de judeus foi sempre um costume europeu, mas há meio século essa dívida histórica está sendo cobrada dos palestinos, que também são semitas e que nunca foram, nem são, antissemitas. Eles estão pagando, com sangue constante e sonoro, uma conta alheia. 

Fonte - Almoço das Horas

Fonte

15 de nov. de 2012

CRISE NO INSS EM IPIAÚ: SERVIDOR É IMPEDIDO DE ENTRAR NO ÓRGÃO



Na tarde de ontem, 14, o técnico previdenciário, Expedito J.J. Júnior, foi barrado na portaria do  INSS em Ipiaú-Ba e impedido de exercer suas funções. O servidor foi impedido pelo chefe da agência, Christian da Silva Brito, que estava acompanhado pelos vigilantes, e testemunhado pelos moto-taxistas que trabalham próximos ao local. 

“Um completo absurdo. É aviltante para nós que ocupamos legitimamente nossos cargos sermos expostos a tal situação”, desabafou um servidor que pediu anonimato por temer retaliações.

Nos últimos meses, desde o pleito dos servidores para a adoção de duas turmas de revezamento, o clima é de tensão. Servidores acusam o chefe da agência de assédio moral, abuso de autoridade e intransigência.
O fato foi comunicado à Delegacia de Polícia Civil para a adoção das medidas cabíveis.


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