30 de jan. de 2012

QUEM GANHOU COM O MASSACRE DO PINHEIRINHO



Marrom e Guilherme Boulos escrevem texto que esclarece alguns porquês do massacre.

Há poucos meses atrás, em setembro, as manchetes dos jornais de São José dos Campos estampavam a notícia de um acordo para regularizar o bairro do Pinheirinho. Após sete anos, as 1.600 famílias dessa comunidade teriam sua situação de moradia resolvida. O secretário estadual de habitação e representantes do Ministério das Cidades vistoriaram pessoalmente a área para fechar o acordo. Houve muita festa entre os moradores.

Quatro meses depois, em 22 de janeiro, a polícia militar de São Paulo – a mando do governador e legitimada pelo Tribunal de Justiça – inicia uma operação de guerra, que terminou com o despejo da comunidade, dezenas de presos e feridos e 7 desaparecidos. Um massacre do Estado contra trabalhadores que queriam apenas o elementar direito de permanecer em suas casas. Quanto à dimensão e covardia das agressões nem é preciso insistir, pois as imagens que circularam nos jornais e na internet falam por si. A questão é: como se deu esta reviravolta?

A movimentação que levou o Pinheirinho da regularização ao despejo teve três atores principais: o Judiciário paulista, a prefeitura do município e o Governador Geraldo Alckmin. A sintonia desta orquestra macabra varreu todas as tentativas de acordo e solução negociada ao problema dos moradores.

E contou ainda com a silenciosa e discreta omissão do Governo Federal. “Em nome do pacto federativo”... Que pacto? Aquele que os tucanos e o TJ rasgaram ao desconsiderar a corajosa decisão da Justiça Federal, que impedia a desocupação? Pois é, porque havia uma decisão judicial do TRF a favor dos moradores do Pinheirinho. De fato, percebemos nossa ingenuidade em acreditar que decisões judiciais sejam cumpridas, quando favorecem os mais pobres e prejudicam gente como Naji Nahas, dono-grileiro do terreno do Pinheirinho.

Mas o que unia aqueles que trabalharam em favor do despejo? A juíza de São José, Marcia Loureiro, foi uma combatente incansável: validou e revalidou liminares, recusou-se a receber autoridades e representantes dos moradores, dentre outras proezas. Se houvesse um “Prêmio Naji Nahas” certamente seria ela a ganhadora deste ano. Tem lá os seus interesses, que infelizmente não temos provas suficientes para expô-los. Acusar sem provas? Pois é, o judiciário brasileiro é aquele em relação ao qual Paulo Maluf costuma orgulhar-se de não ter qualquer condenação. Bom bandido é aquele que não deixa rastro.

A juíza Marcia Loureiro contou com a aprovação irrestrita do presidente do TJ, desembargador Ivo Sartori, que autorizou a PM a “reprimir força policial federal que eventualmente se opusesse à ação”. Ambos pertencem ao Tribunal que está assolado de denúncias de corrupção, super-salários e sonegação fiscal por parte de vários de seus desembargadores. Que moral e legitimidade têm eles para definir o destino de famílias trabalhadoras brasileiras?

Encontraram, porém, ombro amigo no governador e no prefeito de São José, ambos do PSDB. Vale lembrar, o mesmo partido do então governador do Pará que, em 1996, ordenou o massacre de Eldorado dos Carajás. Articularam e autorizaram a operação de guerra que, na calada da noite, tomou de assalto o Pinheirinho. O que ganharam com isso? A resposta está na lista de seus financiadores de campanha, recheadas de empreiteiras, incorporadoras, especuladores imobiliários e das empresas de Naji Nahas – que, junto com Daniel Dantas, esteve na vanguarda das privatizações do governo tucano de FHC.

Assim, o que uniu os agentes que trabalharam pelo despejo do Pinheirinho foi a prestação de um valioso serviço ao capital imobiliário. Essa ocupação representava uma verdadeira pedra no sapato, não apenas de Nahas, mas dos “empreendedores” imobiliários de São José dos Campos. Está localizada numa região de expansão imobiliária, onde ainda restam muitas áreas vazias, sob um forte assédio de construtoras e incorporadoras. Ora, nem é preciso dizer que pobres morando no entorno desvalorizam os futuros empreendimentos, em especial os condomínios para alta renda.

Por isso, o despejo do Pinheirinho era uma reivindicação antiga do capital imobiliário daquela região. Permitiria não só liberar a própria área da ocupação, como também valorizar as áreas dos bairros vizinhos. E principalmente no atual momento, em que São José passa por um processo especulativo de valorização de terras inédito, por ter sido contemplado pelo “Pacote Copa-2014”, por meio do trem bala, que passará por esta cidade.

Convenhamos então que nem o governador Alckmin, nem o prefeito Cury, nem mesmo os honoráveis magistrados do TJ-SP poderiam negar um pedido tão importante de amigos tão valiosos. A presidenta Dilma, que também teve sua campanha eleitoral fartamente financiada por construtoras, nada fez para impedir. Poderia ter desapropriado o terreno, mas não o fez. As cartas estavam marcadas.

Os editoriais de grandes jornais se apressaram em condenar os invasores de terra alheia e atribuir o conflito a interesses de partidos radicais, que teriam contaminado os pobres moradores. É preciso recordar àqueles que concordam com estes argumentos que a imensa maioria das periferias urbanas brasileiras resultou de processos de ocupação.

Pela inexistência de política pública para a moradia, parte expressiva dos trabalhadores brasileiros nunca tiveram outra alternativa. Pretendem então despejar dezenas de milhões de famílias que vivem em áreas ocupadas?

Além disso, não é demais lembrar que a idéia dos “maus elementos radicais manipulando uma massa ingênua” foi o argumento preferido da ditadura militar para desqualificar os movimentos de resistência. Parte da tese conservadora de que o povo brasileiro é naturalmente pacato e resignado, só se movendo por influência externa.

Suponhamos, porém, juntamente com a Secretária de Justiça de São Paulo, Heloísa Arruda, que declarou que “a legalidade está acima dos direitos humanos”, que os “invasores” tivessem mesmo que ser despejados. Mesmo neste cenário, a questão poderia ter sido conduzida de forma muito diferente.

Basta tomarmos um exemplo recente, que ocorreu em Taboão da Serra, município da região metropolitana de São Paulo. No início de 2011, foi determinado o despejo de uma área ocupada por 900 famílias organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto. Encarregado de fazer a desocupação, o Coronel Adilson Paes exigiu simplesmente que a lei fosse cumprida para os dois lados: exigiu do Poder Público a garantia de um local de alojamento para as famílias despejadas, bem como todos os meios necessários para o tratamento humano daquelas pessoas.

Logo após, por algum motivo obscuro, o Coronel Adilson foi afastado do comando do batalhão. Mesmo assim, sua postura foi suficiente para permitir que houvesse uma solução pacífica e negociada neste caso. Não estranharemos se o Coronel Messias, que comandou com mão de ferro e uma boa dose de sadismo, a operação de guerra do Pinheirinho receber – não um afastamento – mas alguma medalha ou promoção ao Comando Geral da polícia militar. É assim que as coisas funcionam.

É triste constatar que o que ocorreu no Pinheirinho não foi um fato isolado. Trata-se de expressão de uma política, conduzida pela especulação imobiliária e seus amigos no Estado, que coloca a valorização das terras e os lucros com os empreendimentos bem acima da vida humana. Este processo, aliás, tem se tornado cada vez mais cruel com as obras da Copa do Mundo 2014. Infelizmente, outros Pinheirinhos virão.

Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do MTST, militante da Resistência Urbana – Frente Nacional de Movimentos e da CSP Conlutas.

Valdir Martins (Marrom), liderança da comunidade do Pinheirinho (MUST), militante da Resistência Urbana – Frente Nacional de Movimentos e da CSP Conlutas.

29 de jan. de 2012

O BRASIL, SEXTA ECONOMIA DO CAPITALISMO, AINDA TRATA PROBLEMAS SOCIAIS COMO CASO DE POLÍCIA.




Por Albione Souza
São Paulo, estado mais rico da federação, governado por Geraldo Alckmin do PSDB, demonstra a discrepância do Brasil entre sua concentração de riquezas em afronta à precariedade de vida da população carente de atenções sociais básicas.

O TRATAMENTO DO ESTADO DE SÃO PAULO COM OS MORADORES DO PINHEIRINHO É REFLEXO DA MANEIRA COMO O NOSSO PAÍS, SEXTA ECONOMIA CAPITALISTA, GOVERNADO PELO PT, ENCARA AS
QUESTÕES SOCIAIS.

A OMISSÃO DA PRESIDENTE DILMA REVELA A CONIVÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL COM A DESTRUIÇÃO DO SONHO DE VIDA DIGNA DOS MILHARES DE BRASILEIROS EXCLUÍDOS, SENDO DO PINHEIRINHO OU DE QUAISQUER OUTRAS CIDADES DO NOSSO PAÍS.

DESSA FORMA, NO ASPECTO DA OPÇÃO POLÍTICA, O PSDB E PT, SÃO TODOS IGUAIS, NÃO SE DIFERENCIAM, GOVERNAM PARA OS RICOS!

26 de jan. de 2012

RICARDO BOECHAT, JORNALISTA DA BAND, COMENTA COM EXTREMA LUCIDEZ SOBRE EXPULSÃO DO PINHEIRINHO.



" O Governador (Alckimin), não adianta ir pra missa toda semana, rezar, falar com Deus, ler a bíblia e ser na prática do mundo dos homens alguém que faz isso com o semelhante, procure na bíblia que o senhor ler a passagem que lhe dar cobertura moral e ética para fazer o que o senhor fez, numa boa, numa boa. O senhor disse que o Estado só cumpriu uma decisão da justi...ça, pois bem governador, não cumpra, não cumpra, quando for assim governador não cumpra, diga pra justiça, justiça, a senhora está errada, mobilize o seu poder, sua força política, sua liderança para dizer pra juíza ou pro juiz o seguinte: vou recorrer, não vou aceitar, não vai ser com a minha polícia e tal..." RICARDO BOECHAT

22 de jan. de 2012

Polícia e moradores se enfrentam em reintegração de posse em Pinheirinho, no interior de SP


Moradores do acampamento sem-teto do Pinheirinho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, enfrentam a Polícia Militar, que tenta cumprir ordem de reintegração de posse da área. Eles já haviam declarado que não deixariam o local.

Segundo o jornal "O Vale" a PM está com "forte efetivo", com blindados. O jornal diz que tem informações de que neste momento a PM está utilizando armas de fogo dentro e fora do Pinheirinho. Os moradores estariam jogando pedras na polícia, que reagiria com balas de borracha.
Os moradores afirmam que pessoas já morreram no enfrentamento.
A operação teve início às 6h deste domingo com helicópteros sobrevoando o local e jogando bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. Os moradores foram pegos de surpresa e começaram a atear fogo nas barricadas de pneus na tentativa de uma reação. Mas a PM logo apreendeu armas e os líderes foram algemados.

Desde 2004, cerca de 1.600 famílias vivem no terreno de mais de 1 milhão de metros quadrados, que pertence à massa falida da empresa Selecta S/A, do investidor libanês Naji Nahas. Cerca de 1,5 mil pessoas, segundo a prefeitura, e 9,6 mil, segundo os moradores, vivem no lugar. No início do mês, moradores chegaram a bloquear a Via Dutra em protesto à reintegração da Justiça. O clima na região é de tensão, com montagem de barricadas pelos ocupantes.
Decisões na Justiça nos últimos dias suspenderam e depois permitiram a reintegração de posse do local.

O Ministério das Cidades assinou um protocolo de intenções para solucionar a questão, o que levou a juíza Roberta Monza Chiari, da Justiça Federal, a suspender a decisão da desocupação no dia 17. “Observo indícios da União Federal na solução da questão posta. O perigo resta configurado na medida em que, cumprida a ordem de reintegração de posse, inúmeras famílias ficarão desabrigadas, o que inevitavelmente geraria outro problema de política pública”, disse na decisão.

No entanto, horas depois, outro juiz federal, Carlos Alberto Antônio Júnior, substituto da 3ª Vara Federal, cassou a liminar que suspendia a reintegração de posse. Para ele, apesar do interesse da União, deve prevalecer a decisão estadual já tomada. “É inegável pelo protocolo de intenções e pelo ofício do Ministério das Cidades juntados aos autos que há interesse político em solucionar o problema da região. No entanto, este interesse político não se reveste de qualquer caráter jurídico”, declarou.

(Com informações de Rodrigo Machado, em São José dos Campos

19 de jan. de 2012

CULTURA IPIAUENSE : JURNIER COSTA (ARTÍSTA PLÁSTICO)


O blog Professor Albione Opina abre um nicho intitulado "Cultura ipiauense", onde divulgaremos talentos locais que se revelam em suas expressões artísticas e culturais. Inauguraremos este espaço com a exposição do artísta plástico Jurnier Costa.

Diante da enexistência de Museus, teatros, centros de culturas, salas de projeções de imagens e etc, no município de Ipiaú, este espaço virtual pretende servir de fomento às produções artísticas, bem como desvelar  a falta de valorização e estímulo do poder público com a nossa cultura.

Visitem e divulguem este espaço virtual !
Albione Souza 



























* JURNIER COSTA É Artista plástico , trabalha com ilustrações, telas e painéis. 
E-mail para conto -  jurnierpereira64@hotmail.com

O LEITOR OPINA : E. MARQUES


É com muita satisfação e prazer que escrevo ao meu ex-professor de Historia Albione rs, um amigo, parceiro forte que nunca foge a luta....

Tive o enorme prazer de ser seu aluno em 2005, tenho acompanhado a sua trajetória política e cidadã, fico orgulhoso, pois vejo em você  coragem, sinceridade e lucidez em tudo o que diz o que busca o que promete e em fim o que realmente és. São poucas informações que vejo aqui no blog sobre você, porém fiquei muito feliz em acessar pela primeira vez um conteúdo tão inteligível, imagino como deve ser difícil segurar a montanha de críticas que deves receber ou não.

 Certamente os elogios são muitos e te deixam feliz e realizado (merecido), servindo como combustível para manter a caminhada. Suponho também que você deve, por muitas vezes, revoltar-se com a hipocrisia do nosso meio educacional, particularmente (valorização, remuneração, entre outras). Digo isso porque por mais que seja errado, é compreensível a desmoralização que recebem de alguns (superiores educacionais) que não suportariam um bimestre em sala de aula, nas condições que tem que lecionar, sem abandonar suas idéias “sem noção”, tomada de empréstimos de teóricos que nunca entraram numa turma com 40 adolescentes, sendo que entre eles existem alguns que sonham, sonham e morrem a sonhar.

Em fim, finalizo deixando meus sinceros votos de apoio ao meu ex- professor de História, aquele que sempre chamou à atenção em sala de aula para um olhar diferenciado, correto, crítico e que acompanhou um pouco da minha eloqüente trajetória acadêmica. Albione, acredite, você também fez e faz parte do meu constructo acadêmico, pessoal e profissional da minha vida, já que trago comigo alguns exemplos que um dia copiei de você.

Tenho certeza que todo alunado de Ipiaú e região que passou por você, está feliz por ter tido um profissional dedicado, lutador e empenhado no que faz. Meu querido no que depender de mim e de muitos que em você confiam você conseguirá seus objetivos tanto pessoais quanto político. Finalizo com uma frase do lendário “Che Guevara”, que mostra como o mundo tem duas escolhas. Espero como você, continuar seguindo a primeira: “É melhor morrer de pé, do que viver de joelhos”.

Fortes Abraços E. Marques C.M.L.E.M. Turma 2005 - 1 º N

17 de jan. de 2012

VÍDEO COM MORADORES DO PINHEIRINHO COMEMORANDO LIMINAR SUSPENDENDO A DESOCUPAÇÃO DO BAIRRO



A luta popular vencendo os tentáculos do capital...
Todo apoio aos  moradores do Pinheirinho na defesa da  moradia e dignidade !
UMA IMPORTANTE VITÓRIA, MESMO PROVISÓRIA, DIANTE DA TRUCULÊNCIA DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO E DA  PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.

16 de jan. de 2012

FUNCIONÁRIA DA EBAL É DESACATADA POR CLIENTE


Neste domingo, dia 15/01, uma funcionária da Empresa Baiana de Alimentos - EBAL foi desacatada por uma cliente por volta das 11 da manhã em pleno expediente, na Loja da Cesta do Povo de Ipiaú-BA.

 A cliente depois de ver sua reclamação atendida - um frango que outro cliente pegou das compras da mesma -, não se contentou e começou a xingar (“burra”, “idiota”, etc.) e a ameaçar (“se eu não conseguisse o frango e ia te dar uma surra lá fora”) a trabalhadora.  

 Tal fato é mais um ato de desrespeito aos funcionários públicos da sociedade de economia mista do Estado da Bahia que tem um faturamento de quase meio bilhão de reais por ano.

 Não é demais lembrar que desacato a funcionário público é crime, conforme prevê o Código Penal Brasileiro em seu artigo 331: “Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela. Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa”.

                 Como bem conceituou o Príncipe dos Penalistas Brasileiros, Nélson Hungria, "a ofensa constitutiva do desacato é qualquer palavra ou ato que redunde em vexame, humilhação, desprestígio ou irreverência ao funcionário. É a grosseira falta de acatamento, podendo consistir em palavras injuriosas, difamatórias ou caluniosas, vias de fato, agressão física, ameaças, gestos obscenos, gritos agudos etc." 

                 Por fim, fica aqui o convite à população para que reflita sobre atitudes que ferem a dignidade da pessoa humana. E uma reivindicação para que a EBAL tome atitudes enérgicas para impedir que seus funcionários públicos sejam vítimas dessas violências em seu ambiente de trabalho e que façam a queixa-crime contra os agressores. 

 Thiago Barreto
Estudante de Direito – Campus XV - UNEB

PSTU : UM PARTIDO MILITANTE QUE NÃO FOGE À LUTA


O PSTU É UM PARTIDO MILITANTE QUE NÃO SE ALIA AOS ESQUEMAS PODRES DA POLITICAGEM BRASILEIRA...
SÓ A LUTA MUDA A VIDA !
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14 de jan. de 2012

VOCÊ É A FAVOR DA CONSTRUÇÃO DA HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE NO PARÁ ?




Resposta do Movimento Gota D'Água para aqueles que entraram na discussão não para acrescentar, apenas tumultuar e aparecer. que está em jogo não se mede em números. O Xingu é o rio da sociobiodiversidade, santuário ecológico, um patrimônio nacional que não pode ser violentado sem um amplo debate com a sociedade.

13 de jan. de 2012

Ato em solidariedade ao Pinheirinho reúne 18 sindicatos



Representantes de 18 sindicatos, além de movimentos sociais, partidos políticos e entidades estudantis, participaram de um ato em solidariedade ao Pinheirinho que aconteceu na manhã de hoje, em frente à ocupação. Cerca de 500 moradores também participaram da manifestação.

As famílias que moram na área vivem momentos de tensão, na iminência da reintegração de posse que pode ocorrer a qualquer momento.

Na fala dos representantes de cada entidade, palavras de apoio e de incentivo, que sempre terminavam com a frase: “O pinheirinho é de quem?”. E o povo respondia “É nosso!”

Até mesmo os estudantes da ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre) e OJE (Organização de Jovens Estudantes) levaram seu apoio aos moradores do Pinheirinho e puxaram o coro “O Pinheirinho é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo!”

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Vivaldo Moreira Araújo, abriu sua fala dizendo que durante uma assembleia que aconteceu hoje na GM, os trabalhadores aprovaram uma moção de apoio ao Pinheirinho e contra a desocupação.

Dezenas de lideranças também tomaram a palavra e levaram seu apoio contra a reintegração de posse da área que, na palavra de todos, já é um bairro de São José e não somente uma ocupação.

Vivaldo também destacou que, em prol do Pinheirinho, 18 sindicatos de diferentes correntes e ideologias se uniram. “Por vocês, e só por vocês, hoje estamos todos de um mesmo lado. O lado da luta e da resistência. E estaremos juntos com vocês nas trincheiras desse confronto. Firmes na luta e até a vitória”, disse, arrancando aplausos dos manifestantes.
Além do ato de hoje, os sindicatos farão mais ações de apoio. Nesta sexta-feira, dia 13, haverá uma série de mobilizações simultâneas nas fábricas, para pedir apoio dos trabalhadores contra a desocupação, e uma vigília na OAB. No sábado, haverá uma agitação com panfletagem na Praça Afonso Pena. Foram confeccionados 20 mil adesivos e 50 mil panfletos em apoio à resistência do Pinheirinho.





SÍTIO DO SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS / CSP - CONLUTAS

10 de jan. de 2012

O DESCASO DO GOVERNO WAGNER (PT) COM A EDUCAÇÃO BAIANA



Por José Roberto e Webert Ribeiro-
Professores de Itabuna-BA

O Governo da Bahia abriu neste início de ano mais uma seleção para contratação de pessoal para educação através do REDA. Este fato tem causado grande indignação dos professores, pois com essa medida o governo de Jaques Wagner do PT promove mais um ataque a educação pública ao contratar professores e funcionários através de um contrato de trabalho precário.

O ano passado o governo realizou um concurso para educação com bastante restrição para contratação, pois impôs um edital em que limitou bastante a lista de classificados e uma prova mal estruturada em que apenas 3 questões subjetivas eliminou grande parte dos professores inscritos. Além disso, neste concurso o governo sequer abriu vagas para funcionários (secretários, merendeiras, porteiro) e agora com o Reda abre inscrições para contratar assistente administrativo pagando salário mínimo.

Hoje existe uma grande carência de funcionários efetivos nas escolas, o que sobrecarrega o trabalho dos professores e ao invés de fazer concursos para essa área, o Governo do PT prefere selecionar funcionários por Reda e adotar o clientelismo político com contratos precaríssimo de prestação de serviço temporário, colocando até mesmo estudantes estagiários para assumir turmas como professores sem qualquer critério. O Brasil assistiu durante o ano passado a um levante dos profissionais da educação. Eles se rebelaram em cerca de 20 estados contra a miséria em que foi transformada a educação pública em nosso país. Foram greves e mobilizações imensas em quase todos estados e municípios importantes. Lutavam e continuam lutando contra os infames salários de fome, jornadas extenuantes, desrespeito ao piso nacional, destruição do plano de carreira, salas superlotadas, escolas destruídas.

Enfim, as péssimas condições de trabalho que tanto prejuízo trazem ao ensino no país. Na Bahia o descaso do governo com a educação se reflete nos cortes de investimento no setor. Em 2011 Wagner cortou mais de 1 bilhão do orçamento e impôs decretos de contenção de despesas nos serviços públicos, atingindo as áreas sociais e apesar das intensas propagandas a realidade vem a tona através dos dados do último censo do IBGE que apontam a Bahia como estado com o maior número absoluto de analfabetos  e miseráveis no país e nas primeiras colocações em termos de violência.

A Bahia vem batendo recordes de arrecadação de impostos e ao invés de realizar concurso público e aumentar os investimentos na educação com melhores salários aos profissionais da educação para melhorar a qualidade da educação que hoje é muito ruim, Jaques Wagner e seu secretário de educação Osvaldo Barreto prefere abusar de contratação precária e adotar a política de Estado Mínimo para educação, atacando o direito dos servidores com a  restrição da utilização do PLANSERV e ao mesmo tempo destina milhões em isenções fiscais para as grandes empresas e pagamento da dívida pública aos banqueiros, injetando milhões nas obras da Copa do mundo que enchem o bolso das empreiteiras, comprometendo o futuro de milhões de jovens baianos que terão uma educação pública cada vez pior.

Infelizmente a direção do sindicato dos professores- APLB (PCdoB ,PT)  assume um papel cada vez mais nefasto de apoio incondicional ao Governo, colaborando com os ataques do governo a educação. É preciso que os movimentos sociais, a OAB, Ministério Público, professores e trabalhadores em geral se manifestem contra essas medidas absurdas do governo Wagner e venham construir uma mobilização para anular esse Reda e convocar imediatamente um novo concurso público para professores e pessoal de apoio.

9 de jan. de 2012

"O ANALFABETO POLÍTICO" - POEMA DE BERTOLT BRECHT



O ANALFABETO POLÍTICO

O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.

 
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.

8 de jan. de 2012

Repressão policial marca dias de protestos contra o aumento da passagem em Teresina



FÓRUM ESTADUAL EM DEFESA DO TRANSPORTE PÚBLICO DE PIAUÍ



• Estudantes, trabalhadores e trabalhadoras já estão nas ruas de Teresina (PI) há uma semana protestando contra o aumento abusivo da tarifa de ônibus e a falsa integração do transporte imposta pelo prefeito Elmano Férrer (PTB). As manifestações são pacíficas até a chegada da Tropa de Choque da Polícia Militar do governo Wilson Martins (PSB), a pedido do prefeito.

Nesta quarta e quinta-feira, enquanto os manifestantes seguiam apenas com bandeiras, cartazes e gritos de palavras-de-ordem, a polícia começou a atirar balas de borracha à queima roupa, bombas de efeito moral e gás de pimenta, além do uso de cassetetes para reprimir o movimento. Pessoas saíram feridas, outras com os dentes quebrados. O motorista do carro de som foi espancado, e 18 estudantes, dentre eles menores de idade, foram presos. Também houve disparos de tiros de armas de fogo.




A truculência ultrapassou todos os limites. Além da Tropa de Choque da PM, cumprindo o papel de agente repressivo do Estado, foi utilizada uma milícia privada chamada CET-SEG contratada pelo Setut (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina), que atuou em paralelo com a polícia, agredindo e prendendo manifestantes.

O Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público, composto por diversas organizações dos movimentos sindical, estudantil e popular, repudia a atitude covarde e repressiva do governador Wilson Martins e do prefeito Elmano Férrer de prender e agredir brutalmente pessoas, principalmente jovens e adolescentes secundaristas, numa manifestação pacífica. Repudia, ainda mais, a cumplicidade do Estado com essa máfia dos empresários do Setut junto à prefeitura, a ponto de permitir que empresários coloquem seus jagunços particulares atuando conjuntamente com a força repressiva do Estado, numa milícia privada para violentar ativistas numa manifestação pública e pacífica.

A luta do Fórum, ao lado da juventude e da população trabalhadora de Teresina, segue em defesa do transporte público de boa qualidade, contra o aumento da tarifa, por uma integração de verdade, que contemple as necessidades dos passageiros e passageiras, pelo passe-livre para estudantes e desempregados e pela municipalização do serviço de transporte público.

Mesmo com as ameaças veiculadas através da imprensa, as mobilizações contra o aumento vão continuar.

Abaixo a repressão e truculência da polícia de Wilson Martins (PSB) a serviço de Elmano Férrer (PTB)
Revogação imediata do aumento da passagem de ônibus!
Abaixo a repressão e truculência policiais!
Integração de verdade, sem aumento da passagem e com tarifa única!

4 de jan. de 2012

DENÚNCIA DE DESRESPEITO AOS DIREITOS DOS TRABALHADORES NA EBAL


 Por Thiago Barreto

A Loja da Cesta do Povo de Ipiaú pertencente à Empresa Baiana de Alimentos – EBAL vem nos últimos tempos desrespeitando o limite máximo da jornada de trabalho previsto da Constituição Federal de 1988.


No primeiro dia útil do ano, dia 02 de janeiro, os trabalhadores da EBAL em Ipiaú amargaram um primeiro turno de trabalho de 7 horas de duração, das 08:30 às 15:30, seguido de um pequeno intervalo para lanche, e a continuação da jornada até às 19:00. Contabilizando, eles tiveram uma jornada aproximada de 10 horas de trabalho.


É bom lembrar que a duração do trabalho normal não pode ser superior a oito horas diárias e que é de seis horas a jornada para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento (incisos XIII e XIV, art. 7º, da Constituição Federal).

Ficam no ar algumas perguntas:


a) os trabalhadores da EBAL são obrigados a se submeterem a tamanha falta de respeito aos seus direitos?


b) o Gerente da Loja de Ipiaú sabe que é ilegal desrespeitar direitos trabalhistas garantidos constitucionalmente?


c) a Diretoria do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ipiaú – SINECI é conivente com essa injusta realidade vivida pelos trabalhadores da EBAL?


Thiago Barreto
Estudante de Direito da UNEB – Campus XV


2 de jan. de 2012

Nota do PSTU em apoio à greve dos militares do Ceará



PSTU CEARÁ
 


• O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado vem a público declarar apoio à greve dos militares no Ceará. Há meses policiais e bombeiros vêm tentando, sem sucesso, negociar com o governador do Estado a pauta da sua campanha salarial. No dia 29 de dezembro, cansados das negativas de Cid Gomes, Bombeiros e Policiais Militares decidiram, em assembléia da categoria, aprovar o movimento grevista.

A data escolhida para a paralisação, alvo de críticas da imprensa, é a única alternativa apresentada pela truculência deste governo estadual e quem deve ser responsabilizado perante a população é o governador Cid Gomes.

O governo Cid Gomes (PSB e PT) vem tratando os militares da mesma forma intransigente que tratou o conjunto do serviço público durante todo o ano de 2011. Seja com os professores, seja com os funcionários do DETRAN, o governo utilizou da tática de cansar o movimento através da “enrolação” na mesa de negociação. Além disso, utilizou a tropa de choque contra os manifestantes.

A máscara de Cid Gomes caiu!

O primeiro ano do segundo mandato do governador Cid Gomes foi marcado pelo fim do “Cid paz e amor” da campanha eleitoral para um “Cid ditador” das campanhas salariais dos servidores públicos do Estado. Definitivamente a máscara de Cid caiu!

Esse ano que se encerra também ficará marcado pela experiência que professores, militares e demais servidores públicos, fizeram com o governo estadual. A grande lição de 2011 é: Cid e seus aliados do PT e PCdoB não governam diferente da turma do PSDB de Tasso Jereissati. Cid, assim como Tasso, governa para interesses particulares e não para os trabalhadores e para a melhoria dos serviços públicos.

Seguir o exemplo das outras greves de militares

Bombeiros e Policiais Militares devem seguir os exemplos das mobilizações que foram protagonizadas por seus colegas do Rio de Janeiro, Maranhão e Rondônia. Só a mobilização poderá dobrar a arrogância de Cid Gomes. A luta dos outros servidores demonstrou que não se pode confiar nesse governo e a categoria deve estar atenta a perseguições e punições.

Todo apoio a greve dos policiais e bombeiros do Ceará!

Nenhuma punição para os manifestantes!

Pelo apoio do conjunto dos sindicatos de servidores a greve dos militares 

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